Os Veículos Eléctricos são veículos rodoviários que se diferenciam dos veículos usuais pelo facto de utilizarem um sistema de propulsão eléctrica.
Em alternativa à solução comum, em que a propulsão tem por base um depósito de combustível, um motor de combustão interna (que converte a energia armazenada no combustível em energia mecânica) e um sistema de transmissão mecânica às rodas, os Veículos Eléctricos utilizam motores eléctricos, que convertem energia eléctrica na energia mecânica necessária à sua propulsão.
Actualmente e em relação ao ambiente e à qualidade de vida das populações urbanas, existe uma consciência clara que um dos principais problemas a resolver, está directamente relacionado com o sector dos transportes rodoviários. Enquadrado na necessidade de soluções que contrariem a situação criada, a utilização dos Veículos Eléctricos rodoviários surgem como uma alternativa viável para determinadas aplicações de mobilidade e transporte, quando enquadrados numa politica concertada e sustentável de transportes.
Atentos a essa realidade, os grandes fabricantes de veículos rodoviários apresentam na sua gama de veículos, veículos eléctricos que satisfazem as mais variadas necessidades de utilização. No mercado, é já hoje possível encontrar desde veículos com duas rodas a veículos pesados com propulsão eléctrica, passando por veículos utilitários, automóveis de passageiros, veículos comerciais, autocarros de passageiros e veículos variados de utilização específica.
Há três tipos de VEs: O VE accionado por baterias, o veículo híbrido e o veículo accionado por células de hidrogénio.
VE a Baterias - Compreende o motor eléctrico, um bloco de baterias que armazenam energia, uma transmissão e uma unidade de controlo. Esta unidade de controlo é o coração do VE. A energia fornecida pelas baterias é convertida, através desta unidade de controlo e de unidades especiais de conversão, numa energia adaptada às necessidades do motor eléctrico. Este vai transformar a energia eléctrica em energia mecânica de modo a que esta seja transmitida às rodas. O sistema de transmissão faz-se através de um sistema mecânico, por forma a proporcionar uma tracção directa.
VE híbrido – É um veículo que utiliza dois sistemas motorizados, sendo um eléctrico e outro de combustão interna. Actualmente os VEs híbridos vêm com as melhores tecnologias que há nos dois sistemas. Os híbridos são caracterizados pela ausência de um cabo de recarga das baterias (excepto nos Plug-in); com efeito estas são mantidas em carga durante a condução, quer pelo motor de combustão interna quer pelo aproveitamento de recargas quando se está em fase de travagens.
Os fabricantes estão a desenvolver diferentes tipos de configurações que dêem resposta a critérios específicos ditados por objectivos de optimização da energia e da própria mecânica de produção. Há dois tipos básicos de híbridos: série ou paralelo.
O mais simples é o tipo série. Neste não há ligação mecânica entre o motor de combustão interna e as rodas. O motor de combustão interna faz accionar um gerador que produz a electricidade necessária à carga das baterias, as quais alimentam, por sua vez, um motor eléctrico que faz mover as rodas. Este conceito não é novo: utiliza o mesmo princípio das locomotivas a diesel. Esta configuração não está ainda consolidada, provavelmente vai ser desenvolvida quando entrarem em comercialização as pilhas de combustível.
O veículo híbrido tipo paralelo, é um veículo com uma estrutura mais sofisticada. Neste caso os dois motores, eléctrico e de combustão interna actuam em simultâneo no sistema de transmissão que acciona as rodas. A prioridade de intervenção de um ou outro motor, depende do regime de condução. Nesta configuração o motor de combustão interna tem uma potência suficiente para fazer uma condução normal,o motor eléctrico dá assistência nos arranques, nas baixas velocidades ou nos reforços em subidas. Em geral estes dois motores funcionam autonomamente.
Veículos Híbridos a Hidrogénio Este tipo de veículos tem uma pilha de combustível a substituir o motor de combustão interna. É provável que no futuro, o veículo a hidrogénio venha a substituir todos os outros sistemas de motorização de veículos, uma vez que se conseguem desempenhos semelhantes aos veículos convencionais de topo de gama. Tal como os veículos tipo série, o VE a hidrogénio possui um módulo de armazenamento de energia (geralmente baterias), que entra em acção noarranque de todo o sistema e armazenana a energia produzida em excesso pela pilha de combustível ou por travagens. As únicas emissões deste VE são de calor e de vapor de água. No caso do hidrogénio ser extraído do metano ou gás natural, e portanto não ser verde, há emissões poluentes no processo. Só o hidrogénio produzido a partir de energia renovável se pode considerar de muito baixas emissões poluentes.
Diversos tipos de baterias estão a ser usadas pelos construtores de veículos eléctricos e muitos outros modelos estão em investigação. Com os contínuos avanços das tecnologias espera-se que se consegue melhores soluções para as baterias, proporcionando assim energia suficiente para os VEs, a um tamanho, peso e preço razoáveis. De seguida indicam-se algumas das opções actualmente disponíveis.
Chumbo-Acido (Pb-A) - Este tipo de baterias foram as que se usaram nos primeiros Veículos Eléctricos. Estas baterias semelhantes às que se usam nos carros de combustão interna, têm sido alvo de constantes desenvolvimentos e inovações que se traduzem numa maior vida útil, bem como numa maior potência que fornecem. A vantagem deste tipo de baterias é o facto de terem já dado provas e de serem relativamente baratas, devido à sua produção em grandes quantidades.
Níquel-cádmio (NiCd) - Este tipo de baterias representa um avanço em relação às baterias de chumbo. Tal como estas, têm efeito de memória. Possuem uma maior densidade energética devido a uma boa relação Potência/Energia e têm um ciclo de vida ligeiramente superior às baterias de chumbo. Para além destas características apresentam ainda uma capacidade de recarga rápida, uma larga gama de temperaturas de trabalho, são passíveis de reciclagem e seguras. As baterias de Níquel-Cádmio (NiCd) são uma das escolhas mais popularizada nos VEs vendidos na Europa.
Níquel-Metal Híbrido (NiMH) - Estas baterias são outra das opções usadas nos veículos eléctricos pelos grandes construtores. São usualmente usadas nos computadores portáteis e em pequenas aplicações. As baterias NiMH oferecem uma maior capacidade e uma maior autonomia em relação às baterias de NiCd, mas são ainda muito caras porque a sua produção em larga escala só agora começou. Têm a seu favor o facto dos custos de manutenção serem nulos, mas continuam a ter efeito de memória
Lítio-Ion (Li-ion) – Estas baterias tornaram-se a principal escolha para a utilização em equipamentos electrónicos, computadores, câmaras de vídeo e dada o seu bom desempenho, estão a ser redimensionadas para serem utilizadas em veículos eléctricos. As baterias Li-ion representam um avanço significativo em relação às anteriores, uma vez que possuem uma densidade energética superior e não possuem efeito de memória, o que lhes permite suportar um número de ciclos de carregamento elevado. Oferecem uma maior autonomia, são relativamente leves e têm um ciclo de vida mais longo. Todavia o seu custo é ainda bastante alto. Têm ainda a vantagem de poderem ter uma segunda vida se usadas como estacionárias para armazenamento nas habitações.
Estão ainda em investigação baterias com outros materiais como as de zinco-ar, lítio-polímero, baterias de cloretos de sódio-níquel e baterias de polímero de lítio. Estas últimas baterias diferem das anteriores por possuírem um electrólito sólido, que opera a uma temperatura entre 60 e 80 ºC e por possuírem uma elevada densidade energética e uma vida bastante superior às restantes.
Os veículos eléctricos produzidos pelos grandes construtores de automóveis cumprem todos os requisitos de segurança que são comuns aos veículos convencionais e que são estabelecidos pelos standards internacionais de segurança de veículos.
À medida que têm vindo a crescer o número de veículos eléctricos, têm-se feito registos e monitorização dos diversos índices de segurança. Os dados encontrados têm sido positivos e reconhece-se que vários aspectos de segurança dos VEs têm vindo a ser maximizados. Por exemplo, os VEs têm sucessivamente baixado o seu centro de gravidade o que ostorna mais dificil de entrar em capotamento. Por outro lado os VEs têm menos riscos de incêndio ou de explosão e a construção da sua carroceria é concebida de forma a aumentar a segurança dentro do habitáculo, em caso de colisão.
A concepção dos VEs e dos seus componentes tem sido centrada na maximização dos parâmetros de segurança, em ordem a cumprir os mais exigentes standards internacionais das Normas Eléctricas de Segurança e de todas as outras Normas relacionadas com as infraestruturas Eléctricas e Mecânicas. O desempenho do sistema de carga dos VEs é testado rigorosamente por fontes independentes, tais como Institutos ou Laboratórios certificados. O resultado final é que o carregamento das baterias e a condução de um VE são tão seguros como a condução de qualquer veículo, em qualquer tipo de condições meteorológicas e em qualquer altura do dia.
Os custos envolvidos para carregar a bateria de um veículo eléctrico dependem da hora do dia escolhida para realizar essa operação, das taxas de electricidade praticadas ao longo do dia e do tipo de VE que se tem e do tipo de carregamento (normal/rápido). A proporção do gasto médio mensal em combustível para um VE típico, quando comparado com um carro a gasolina, é pelo menos de um para três. Tal como nos carros a gasolina, o peso do carro e uma condução agressiva, reduzem as possibilidades de economizar combustível.
Muitos fornecedores de energia fornecem tarifas especiais para cargas de baterias de veículos eléctricos, especialmente durante os períodos da noite, ou nas chamadas horas de vazio. Por outro lado, enquanto o preço da gasolina flutua significativamente em curtos espaços de tempo, os custos de electricidade são muito mais estáveis e espera-se que nos próximos anos venham a ser ainda mais baixos.
Autonomia
A capacidade da bateria de um VE irá obviamente determinar a sua autonomia. Quando maior o “deposito” maior a autonomia, no entanto outros factores são equacionados, tal como numa versão de combustão, como o peso ou o estilo de condução.
A tendência natural será aumentar a autonomia de um VE através da capacidade de armazenamento da energia ao invés do aumento do número de baterias ou do seu tamanho. Será expectável que essa autonomia se aproxime dos valores praticados pelas versões de combustão. Actualmente as autonomias dos VEs variam consoante o tipo de carro e o preço (tal como nas versões convencionais!) em média os segmentos citadinos e utilitários as baterias rondam os 50 kw/h (muitos com possibilidade de adquirir versões de 70/75 kw/h) segmentos superiores as baterias já dispõem de 70 a 100kw/h. Traduzindo em termos de autonomia isto significa que com uma capacidade de 50 kw/h a autonomia rondará em média os 250/350 km e com uma capacidade de 75kw/h já atingirá os 400/500 km.
Quanto é que gasta um VE?
Num automóvel de combustão o cálculo do seu consumo é estimado em litros por cada 100 km percorridos. No caso dos Eléctricos é apresentado também como base os 100km percorridos mas em kW/h.
Exemplos:
VW ID.3 (Eléctrico) |
Consumo médio de 15 kW/h/100 km (1) | Custo 2 Euros por 100 km (2) |
VW Golf 1.0 TSI (Gasolina) | Consumo médio de 5 L/100 km (1) |
Custo 7 Euros por 100 km |
- (1) Considerando norma WLTP
- (2) Considerando valor base 13 cêntimos por kW, sem impostos.
A autonomia apresentada, seja oficialmente pela marca ou não, é subjectiva e dependerá de caso para caso embora tende a ser uma referência bastante real.
Tal como numa versão de combustão vários factores podem aumentar ou diminuir os valores apresentados. O estilo de condução, o tipo de trajecto ou até o número de ocupantes do veículo são factores determinantes para o consumo de combustível, nas versões Eléctricas o caso é igual, não esquecendo ainda a utilização de luzes e afins.
A principal vantagem nas versões eléctricas está na eficiência da energia usada, ou seja, o consumo só se manifesta em circulação e isso é determinante no contexto urbano.
Os incentivos surgem como uma medida indutora da criação do mercado de veículos electricos. Os relatórios internacionais como os da International Energy Agency são claros nessa constatação. Portugal não foge à regra e as entidades responsáveis pelo sector, cientes deste facto lançaram a iniciativa para a Fiscalidade Verde em 2015 que foi determinante para que se iniciasse de uma forma mais consolidada uma política de benefícios aos veículos eléctricos. Na sua aquisição existe o incentivo atribuído pelo Fundo Ambiental às primeiras compras, em 2022 esse incentivo, tinha os seguintes moldes:
Tipologia | Regras | Beneficiário |
T1 - Veículo Ligeiro de Passageiros 100% Elétrico | 1300 incentivos; 4.000€; veículos até 62.500€,
- Máximo 1 incentivo/candidato; |
Pessoas singulares |
T2 - Veículo Ligeiro de Mercadorias 100% Elétrico | 150 incentivos de 6.000€;
- Máximo 1 incentivos/candidato no caso de pessoa singular; - Máximo 2 incentivos/candidato no caso de pessoas coletivas |
Pessoas singulares e coletivas
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T3 - Bicicletas de carga (100% Elétricas e Convencionais) | 300 incentivos), 50% do PVP (incl. IVA), até 1000€ convencionais e até 1500€ elétricas;
- Máximo 4 incentivos/candidato no caso de pessoas coletivas, - Máximo 1 incentivo/candidato no caso de pessoa singular |
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T4 –Bicicletas Elétricos | 4550 incentivos; 50% PVP (incl. IVA), até 500€;
- Máximo 4 incentivos/candidato no caso de pessoas coletivas, - Máximo 1 incentivo/candidato no caso de pessoa singular |
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T5 - motociclos, ciclomotores, triciclos, quadriciclos e outros dispositivos de
mobilidade pessoal, elétricos |
1050 incentivos; 50% PVP (incl. IVA), até 500€;
- Máximo 4 incentivos/candidato no caso de pessoas coletivas, - Máximo 1 incentivo/candidato no caso de pessoa singular |
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T6 - Bicicletas Convencionais | 1500 incentivos; 20% PVP (incl. IVA), até 100€;
- Máximo 4 incentivos/candidato no caso de pessoas coletivas, - Máximo 1 incentivo/candidato no caso de pessoa singular |
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T7 - Carregadores para veículos elétricos em condomínios multifamiliares com ligação à Rede Mobi.E | 270 incentivos, 80% do PVP (incl. IVA) do Posto de carregamento, até 800€ + 80% do PVP (incl. IVA) da instalação elétrica; - Máximo 1 incentivo por condómino, no caso - Máximo 10 incentivos por condomínio/CPE |
Para 2023:
Segundo o orçamento de estado para 2023, o incentivo para aquisição de VEs manter-se-á nos mesmos moldes, no entanto estarão previstos algumas alterações que visam essencialmente as empresas.
Será introduzida a tributação autónoma com uma taxa de 10% aos veículos 100% elétricos e com um valor igual ou superior a 62.500 euros (quando antes eram isentos). Por outro lado, os veículos ligeiros de passageiros híbridos plug-in, as taxas de tributação foram actualizadas (em detalhe mais a baixo).
Para além da aquisição, existem algumas vantagens fiscais atribuídas aos veículos eléctricos e híbridos, tanto para particulares como Empresas.
O Imposto sobre Viaturas (ISV) é Aplicado na compra de veículos novos nacionais ou importados sejam eles novos ou usados. No caso dos veículos 100% eléctricos existe uma isenção total deste imposto, seja novo ou importado. No caso dos Híbridos nomeadamente os Plug-in (com min de 25 Km Autonomia) têm um desconto de 75% (até ao valor máximo de 562,50€) os restantes cerca de 40%. Valido para ambos os casos, particulares ou Empresas (valores de 2022)
No caso do IUC - Imposto Único de Circulação, que substitui o antigo imposto de selo. Para qualquer viatura nova a base de cálculo são as suas emissões. No caso das Viaturas 100% eléctricas a isenção é total. No caso dos Híbridos, sejam Plug-in ou não o IUC é calculado tal como qualquer outro veiculo. Consulte o cálculo do IUC no simulador. Para saber o valor de CO2 de cada veiculo pode consulta-lo AQUI.
Em algumas autarquias pelo Pais, para ambos os casos de particulares e empresas, há que considerar o Estacionamento Gratuito nos parquímetros de rua, bem como descontos em Estacionamentos cobertos. Esta medida esperamos que se estenda a todas as cidades! Indispensável será obter o dístico verde que identificará as viaturas isentas de Estacionamento. O dístico é obtido junto do IMT e aplica-se a Veículos 100% eléctricos.
Para as Empresas, no caso dos veículos 100% eléctricos existe isenção na taxa de Tributação Autónoma, ou seja, nos encargos suportados com viaturas. Para os híbridos plug-in (apenas) existe redução na taxa de tributação que é calculada com base no custo de aquisição:
- 2,5% para viaturas até 27.500 Euros
- 7.5% para viaturas até 35 mil Euros
- 15% para viaturas mais de 35 mil Euros
As empresas podem ainda beneficiar de uma dedução do IVA nas despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação e à transformação em viaturas eléctricas ou híbridas plug-in, de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas eléctricas ou híbridas plug-in (Art.º 21.º n.º 2 alínea f) do CIVA). É possível deduzir a totalidade do IVA desde que a viatura não custe mais de 62500 Euros (s/IVA) no caso dos Eléctricos puros e 50 mil Euros para os Híbridos Plug-in. Estes limites de valores são também usados na depreciação da viatura como gasto fiscal em sede de IRC.
Tal como qualquer outra viatura, é possível importar um VE. A principal vantagem está na isenção do ISV aplicada aos veículos 100% eléctricos. O processo é em todo semelhante a uma viatura a combustão. E nesse sentido importa saber se a importação é de Novo ou usado, se têm origem Europeia ou não e consequentemente se estão ou não homologados.
É necessário recorrer a varias entidades a começar pelo IMT que indicará o número de homologação nacional essencial para a regularização do imposto junto dos serviços da alfândega. Depois, realizar num centro de Inspecções uma inspecção tipo B só por fim e com a Declaração Aduaneira de Veículos, pagar os respectivos impostos e registar na Conservatória do Registo Automóvel a propriedade com o Documento Único Automóvel, entretanto atribuído pelo IMT.
Em detalhe:
Identificação da Homologação Nacional. Se o veículo for importado dentro da UE provavelmente estará homologado nacionalmente, caso não esteja é importante obter o COC (Certificado de Conformidade) que permite mais facilmente a sua homologação e correcta informação. Nas importações fora da UE esse certificado não existe e terá que ser homologado nacionalmente. O IMT fará assim uma homologação individual para simplificar o processo, pode no entanto dar se o caso do modelo da viatura em questão ter sido já homologado outro qualquer pais Europeu e com essa informação aligeirar o processo.
Inspecção. Para atribuição da matrícula é necessário realizar uma inspecção tipo B, mais completa e exaustiva onde será verificado se a viatura está conforme indica na homologação indicada anteriormente. Após a inspecção é atribuído um certificado que será depois entregue ao IMT para emissão do DUA (Documento Único Automóvel).
Impostos. No Portal da Autoridade Aduaneira, deverá preencher o DAV (Declaração Aduaneira de Veículos). Fará depois o seu pagamento através do Documento Único de Cobrança. Nele estão incluídos o respectivo ISV (Imposto Sobre Veículos) e o IVA (caso se aplique).
No caso do ISV, as viaturas Eléctricas estão isentas e os híbridos têm redução de imposto. No caso do IVA, ele só se aplica se adquirir a viatura completamente nova e não tenha pago no seu país de origem ou então caso importe de um pais fora da UE e nesse caso, mesmo usado, é aplicado IVA sobre o valor do bem. Para além do IVA, nas importações fora da UE é aplicado também Taxas Aduaneiras que no caso do Eléctricos são cerca de 10% do valor do veículo.
Registo. Antes ainda do registo na conservatória é necessário entregar o modelo 9 no IMT de forma a iniciar o processo de obtenção do certificado de matrícula, o DUA (Documento Único Automóvel). Para finalizar resta apenas o IUC (Imposto Único de Circulação) que embora esteja isento nos Veículos Eléctricos não está no caso dos Híbridos.
(Os procedimentos não dispensam de consulta aprofundada)
Portugal foi pioneiro na criação de uma rede de postos pública de carregamento de veículos, actualmente os postos estão a ser alvo de uma restruturação, serão mantidos e explorados pelos operadores e comercializadores de energia e manterão a sua uniformidade de monotorização através da Mobi.e, a entidade pública criadora da rede.
Todos os postos são operados através de um cartão de utilizador, o cartão pode ser emitido pela Mobi.e (somente para postos normais) ou por qualquer outro Comercializador de Electricidade para a Mobilidade Eléctrica (CEME). Com esse cartão poderá usar qualquer posto de carregamento da rede mobi.e. , o valor será depois debito directamente no seu contrato. A rede permite o carregamento de qualquer veículo eléctrico, seja de 2 ou 4 rodas, desde que o mesmo seja compatível com tomadas em modo 3 com conectores tipo 2 (Mennekes).
Actualmente são várias as plataformas que indicam a lista de postos de carregamento pelo Pais e pela Europa.
Deixamos, abaixo, os sites com os mapas da rede de postos de abastecimento:
Sim. No entanto por razoes de segurança e eficiência no carregamento não convém ligar a uma tomada convencional. É possível adquirir equipamento, algum dele através da própria marca do veículo (wallbox) que assegura um melhor carregamento.
A APVE é constituída por um conjunto de Associados Individuais e Colectivos de diferentes áreas. Pode consultar aqui, de entre os diversos associados da APVE, os que comercializam veículos eléctricos, desde scooters a veículos automóveis, passando pelas bicicletas assistidas electricamente.
Caso tenha alguma dificuldade em contactar algum associado, ou deseje alguma informação adicional, não hesite em nos contactar.
Além das vantagens ambientais óbvias, os VEs apresentam custos de manutenção mais baixos. Em alguns segmentos, tipicamente extra-utilitários/citadinos, o TCO é equivalente ou inferior aos veículos de combustão interna (VCI).
Normalmente, os utilizadores referem três características que mais apreciam quando conduzem Veículos Eléctricos rodoviários:
- Condução mais limpa e silenciosa
Tendo em conta as suas características particulares, os Veículos Eléctricos oferecem uma experiência de condução caracterizada pela não emissão de gases de escape bem como uma deslocação do veículo mais silenciosa e suave.Para além do aspecto relativo de, no local de circulação, o veículo não produzir quaisquer emissões poluentes para a atmosfera, um outro aspecto que surpreende positivamente os seus utilizadores é a condução silenciosa proporcionada pelos Veículos Eléctricos.
De facto, quando um Veículo Eléctrico se encontra parado, o motor não se encontra em movimento, não transmitindo assim qualquer ruído. Por outro lado, quando o motor eléctrico realiza trabalho, o ruído que é emitido é bastante mais suave que o dos motores de combustão interna.
- Condução agradável e uma capacidade de aceleração elevada – Os condutores constatam, na sua primeira experiência de condução de Veículos Eléctricos rodoviários, que o veículo não apresenta uma caixa de mudanças nem o pedal da embraiagem.
Como nos motores eléctricos, o binário máximo disponível não depende directamente do valor da velocidade de rotação, é possível dispor de acelerações elevadas em qualquer regime de utilização(mesmo nas baixas velocidades). Torna-se assim desnecessário incluir, no sistema de transmissão do veículo, uma caixa de mudanças e o sistema de embraiagem.
A não existência de um pedal de embraiagem (com o consequente facilitar da condução em meio urbano), a transmissão directa da potência disponibilizada pelo motor às rodas (transmitindo ao condutor a sensação de uma resposta rápida às suas solicitações) e a suavidade na condução são uma agradável surpresa, comentada por todos os condutores de Veículos Eléctricos rodoviários
Para além disso, os Veículos Eléctricos rodoviários apresentam condições de segurança idênticas às dos veículos convencionais
- Custos baixos de operação – Os estudos realizados revelam que o custo da energia eléctrica dispendido por veículos eléctricos, com um sistema de armazenamento da energia eléctrica em baterias electroquímicas, corresponde a um terço do valor do custo do combustível utilizado por veículos com motores de combustão interna, para a mesma distância percorrida e em condições idênticas de utilização.
Reduções substanciais são, também, referidas nos custos de manutenção, já que operações como mudanças de óleo e outras inerentes à manutenção de um motor de combustão interna deixam de fazer sentido.
Com custos mais baixos de operação mas apresentando, como contrapartida, um custo de aquisição normalmente mais elevado (devido ao facto de ser produzido em pequenas séries), a viabilidade estritamente económica de uma opção por Veículos Eléctricos rodoviários depende, em muito, de uma escolha criteriosa do tipo de utilização.
A conversão de um veiculo convencional para eléctrico é tecnicamente possível. Existem alguns casos onde o interesse na conversão é maior como por exemplo em frotas especificas, em Autocarros ou até em viaturas clássicas. A sua viabilidade e custos devem sempre ser equacionados.
Tecnicamente é possível obter Kits completos de conversão, existem algumas empresas internacionais que o fornecem como é o caso da Curtis Instruments, dos USA ou da GoldenMotor da China. Em portugal o nosso Associado ZEEV/Evolution trabalha também neste aspecto.
Relativamente à parte legal o processo é um pouco mais complexo, o processo necessita de actualização. A APVE já teve oportunidade de auscultar alguns interessados no assunto. Destacamos algumas necessidades apresentadas:
- Criar uma Lei transformações .
- Regulamento específico para conversões.
- Isenção de aprovação da marca.
- Liberdade de potências abaixo da original (elétricos) .
- Regular aumento de potência e forma de funcionamento combinado (híbridos) .
- Certificar transformadores como os do GPL . (A legislação semelhante criada para o GPL: Portaria n.º 207-A/2013 de 25 de Junho)
- Homologação de kits, seguido apenas de inspecção em cada replicação .
- Agilização de processos nos IMTT
A APVE está a trabalhar junto do Ministério responsável de modo a que possamos em breve ter um processo mais simples na Conversão.